Europa Donna Portugal


EUROPA DONNA (ED), a Coligação Europeia Contra o Cancro da Mama, é uma organização independente, sem fins lucrativos, cujos membros filiados são organizações de países de toda a Europa. Em Portugal a Europa Donna é representada e desenvolve a sua atividade através da Liga Portuguesa Contra o Cancro.

A Coligação desenvolve a sua atividade no sentido de aumentar a tomada de consciência para o cancro de mama, para mobilizar o apoio das mulheres europeias na sensibilização e educação para a saúde, o rastreio organizado, os melhores tratamentos e aumento do financiamento para a investigação.

A ED representa os interesses das mulheres europeias sobre cancro de mama perante as autoridades locais e nacionais, bem como junto das instituições da UE. 

Prevenção primária do cancro da mama: estilo de vida 

O número de novos casos de cancro da mama por ano é duas vezes superior ao número de novos casos de cancro em qualquer outra localização tumoral.

Estudos da Agência Internacional de Investigação sobre o Cancro (IARC) demonstraram que um terço de todos os casos de cancro da mama pode ser evitado na Europa através da manutenção de um estilo de vida saudável. Isto significaria que 192.000 dos 576.300 novos casos de cancro da mama por ano na região europeia da OMS poderiam ser evitados.

O número crescente de casos de cancro da mama pode dever-se a alterações nos hábitos de vida, ao aumento do sedentarismo, ao aumento de peso e à obesidade, bem como a alterações sociológicas, como o aumento da idade do primeiro parto e a diminuição do número de filhos. Pode também dever-se a uma melhor deteção precoce.

A evidência científica aponta para que as escolhas de um estilo de vida saudável podem reduzir o risco de cancro da mama.

Prevenção secundária: rastreio de cancro da mama

A prevenção secundária refere-se a técnicas utilizadas para detetar o cancro da mama mesmo nas suas fases mais precoces. Inclui métodos de imagem, como o rastreio mamográfico, bem como a sensibilização para o cancro da mama. 

O Europa Donna defende que todas as mulheres europeias tenham acesso a programas nacionais de rastreio mamográfico de base populacional, conduzidos de acordo com as Directrizes Europeias sobre o Rastreio e Diagnóstico do Cancro da Mama, desenvolvidas pela Iniciativa da Comissão Europeia sobre o Cancro da Mama (ECIBC), que são actualizadas regularmente com base nos mais recentes dados científicos. 

As mulheres com idades compreendidas entre os 50 e os 69 anos devem ser convidadas a efetuar uma mamografia de rastreio de 2 em 2 anos. 

As directrizes europeias recomendam o rastreio de cancro da mama a todas as mulheres com idades compreendidas entre os 45 e os 74 anos. Para as mulheres com idades compreendidas entre os 50 e os 69 anos, o rastreio é fortemente recomendado de 2 em 2 anos; para as mulheres com idades compreendidas entre os 45 e os 49 anos, é condicionalmente recomendado de 2 em 2 ou de 3 em 3 anos; para as mulheres com idades compreendidas entre os 70 e os 74 anos, é condicionalmente recomendado de 3 em 3 anos.

Outras informações sobre cancro da mama

  • O aumento do número de casos de cancro de mama pode ser devido a mudanças de hábitos de estilos de vida, aumento da vida sedentária, ganho de peso e obesidade e mudanças sociológicas, tais como o aumento da idade ao primeiro parto e diminuição do número de crianças nascidas de mulheres;
  • O excesso de peso e a inatividade física respondem por cerca de 25-33% dos casos de cancro de mama;
  • Há uma relação inversa entre o índice de massa corporal e cancro de mama em mulheres pré-menopáusicas e uma relação direta em mulheres pós-menopáusicas.
  • Estima-se que a inatividade determine é estimada em causa 10-16% de todos os casos de cancro de mama;
  • O efeito da perda de peso é independente da atividade física;
  • Consumir três ou mais bebidas alcoólicas por dia aumenta o risco de cancro de mama em 30 a 50%;
  • Ter filhos numa idade mais jovem, ter vários filhos e aleitamento dos mesmos pode proteger contra o cancro de mama;​​
  • Ter a primeira menstruação em idade precoce e a menopausa em idade mais tardia aumenta a probabilidade de desenvolver um cancro de mama. Para cada ano de atraso da menarca o risco diminui em cerca de 15% e para cada ano de atraso da menopausa aumenta cerca de 3%;
  • Há uma ligação muito clara entre a terapêutica hormonal de substituição (THS) e o risco de desenvolver cancro de mama;
  • A Organização Mundial de Saúde informa que, de acordo com estudos, o risco de cancro de mama é maior em mulheres que utilizam THS combinada estrogénio e progestativo. O risco depende do tempo de uso e é reduzido quando o tratamento é interrompido, estabilizando-se cinco ou mais anos após a interrupção do tratamento;
  • As mulheres atualmente ou recentemente a tomar contracetivos orais têm um risco 15-25% maior de cancro de mama em comparação com mulheres que nunca usaram contracetivos orais. Este risco desaparece 10 ou mais anos após a interrupção do uso de contracetivos orais. 

Página Inicial
Apoios & Parcerias