Projetos para Adultos

Em Portugal, e tal como acontece em todo o Mundo, a incidência do cancro está a aumentar, estimando-se que cerca de 25 mil pessoas morram todos os anos desta doença no nosso país. O reconhecimento de que as doenças oncológicas constituem a segunda principal causa de morte também em Portugal, assim como o aumento da incidência e mortalidade por cancro no nosso país, conduziu a que o combate contra o cancro se estabelecesse como uma das prioridades do Plano Nacional de Saúde. Neste âmbito, assume especial relevância a promoção da saúde e do diagnóstico precoce, considerando-se prioritário efetivar a prevenção primária através da promoção de estilos de vida saudáveis.

Na verdade, de acordo com a Organização Mundial da Saúde, cerca de 40% de todos os cancros podem ser prevenidos e outros podem ser detetados numa fase precoce do seu desenvolvimento, tratados e curados. Assim, atendendo a que o cancro é potencialmente, de entre as principais doenças crónicas ameaçadoras da vida, aquela que mais pode ser prevenida e com maior possibilidade de cura, torna-se necessário aplicar o conhecimento existente e implementar ações no âmbito do seu controlo, por forma a tornar esta verdade realidade.

A sensibilização, prevenção primária e deteção precoce do cancro são portanto componentes chave para o controlo desta doença, possibilitando uma redução da sua incidência e mortalidade na população. Deste modo, especial atenção deverá ser dada aos esforços de educação para a saúde e, neste contexto, às iniciativas coletivas capazes de facilitar as opções individuais por estilos de vida mais saudáveis.

Educação para a Saúde em Adultos

Está atualmente demonstrado que muitos problemas de saúde causadores de morte e morbilidade estão relacionados com o estilo de vida das pessoas, no qual se incluem os comportamentos de saúde. Uma das vias para promover a adoção/modificação de comportamentos é a Educação para a Saúde, sendo esta entendida como a ciência social que procura promover a saúde e prevenir a doença, incapacidade e morte prematura, por intermédio de atividades educativas facilitadoras da mudança voluntária do comportamento e com estreita ligação às ciências biológicas, ambientais, psicológicas e médicas.

Pelo impacto positivo que pode ter na saúde das pessoas, a Educação para a Saúde deve ser um direito de todos os cidadãos em qualquer fase da sua vida, conforme está reconhecido na carta de Ottawa (OMS, 1986). Deve começar na família, continuar em todas as fases do sistema de ensino (desde o básico até ao universitário), prolongar-se no local de trabalho, na comunidade, nos média, etc. A sua importância reside no facto de:
  1. promover o estado de saúde das pessoas, famílias, comunidades, estados e nações; 
  2. promover a qualidade de vida de todos os indivíduos; 
  3. reduzir as mortes prematuras;
  4. reduzir custos (quer financeiros quer humanos) que os indivíduos, famílias, companhias de seguros, sistema de saúde, comunidades, estados e nações viriam a ter com o tratamento médico.
​​Os principais desafios das ações de educação para a saúde, desenvolvidas para adultos prendem-se com as dificuldades inerentes à mudança de comportamentos. Qualquer ação que vise a mudança de hábitos de saúde e estilos de vida implica, não só, uma mudança individual, mas, igualmente uma mudança comunitária. Acresce a dificuldade de combater os mitos sobre o cancro, bastante arreigados na nossa sociedade.
Informações:
​Departamento de Educação para a Saúde
Núcleo Regional do Norte da 
Liga Portuguesa Contra o Cancro
Estrada Interior Circunvalação, nº 6657
4200-177 Porto

Telf/Fax: 225420680 | Tlm: 910350810
Email: educacaosaude.nrnorte@ligacontracancro.pt
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