Testemunhos QUEBRAR O SILÊNCIO
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Andreia
24 anos Pâncreas, 2014, Familiar Fez na semana passada 2 meses. Dois meses que passaram desde o último dia em que vi o meu pai, um homem que sempre foi saudável. Foi bom saber que, nesse dia, ele ainda sorriu.Foi em setembro do ano passado que a nossa vida mudou. Trabalhou vários anos fora e quando chegou de férias fez os seus exames de rotina, como habitualmente fazia. Queixava-se do estômago, dizia ele. Fez análises, biópsias ao fígado, ecografias, endoscopias … apenas as análises relativas ao fígado apresentavam valores elevadíssimos. Só em Janeiro (…) tivemos o resultado de uma TAC que revelou o derradeiro problema. Cancro no pâncreas com metástases (…). Caiu o chão! Mas estávamos preparados para começar a luta e assim foi. (…) Tínhamos esperança, apesar de nunca ninguém a ter dado! Apesar de sabermos que pode acontecer, nunca, mas nunca estamos preparados para ouvir que perdemos as pessoas mais importantes da nossa vida. Felizmente teve poucos efeitos secundários da quimioterapia. Verificámos melhoras, o que nos fez acreditar ainda mais! Houve uma recaída e aumentou-se a dose de quimioterapia. (…) No dia 14 de setembro, dirigiu-se às urgências do Hospital para proceder a uma endoscopia mas com a sua fragilidade, não resistiu. Estava sedado, felizmente não sentiu nada e descansou finalmente desta luta. Nem é bom lembrar, mas sendo contra o sofrimento, consegui encarar a sua perda de uma forma que nunca pensei aceitar. Custa muito, dói. Dói ainda mais porque ele não queria. Ele queria vencer isto. Ele queria ver crescer a neta de 3 meses. Conheceu-a, graças a Deus mas ele queria mais que um mês perto dela. Sei que nos está agradecido. A mim, à minha mãe e irmã e restante família por tudo o que fizemos por ele. Penso nele em todos os minutos. Tudo vai ser diferente mas seremos felizes à nossa maneira, com ele sempre presente. Quero agradecer a toda a equipa da Oncologia e aos médicos das Urgências que fizeram de tudo por ele. Não me esqueço dos rostos do médico e da médica que me disseram que o meu pai, o meu grande pai tinha ido.Quero também dizer que conheci casos de sucesso no que toca ao cancro do pâncreas, uma vez que é frustrante não vermos um testemunho positivo na internet. Cada caso é um caso, e há esperança quando este é detetado a tempo.
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