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Fátima Bernardo

47 anos Mama, 2007, Doente
Decorridos oito anos, ainda consigo trazer para o papel um percurso duro na sua essência mas repleto de força, a força que nos chega das gargalhadas que se dão, que se deram, que se entregaram e se multiplicaram.Ninguém jamais saberá qual a percentagem de força de que somos feitos. Jamais será possível exigir, esperar, estar preparado para receber tremenda notícia.De repente é como se o mundo parasse, e tentássemos, antes que ele volte a girar, alterar aquela frase “Tem cancro e é muito grave”!A frase não se altera, mas tudo em redor assume contornos diferentes, nítidos na sua verdade, meia que irreal. Fica-se com uma sensação de dormência…A música é também nestas alturas um porto de abrigo seguro, nas palavras e melodia que contem e que parece por instantes fazer parte da nossa dor. Passei a festejar em silêncio, na maioria das vezes, várias datas, como se de um aniversário se tratasse.Digo uma frase que arrepia: "Diverti-me no IPO...", "Como é isso possível?", dizem os poucos que têm coragem. É a essa possibilidade que teimo em chamar esperança.Há uma alegria genuína que é possível sentir, neste caminho, feita da tal força que me fez viver, lutando com uma gargalhada de surpresa a cada instante.Todos podemos acreditar.
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