Testemunhos QUEBRAR O SILÊNCIO
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Mariana Barata
21 anos Esófago, 2016, Familiar Vai fazer dia 19 deste mês de Março, 3 meses que o Cancro ganhou o jogo. Levou a melhor. Perdi o meu avô...
No Natal de 2015 algo não estava bem, não conseguia engolir, engasgava-se. O nosso coração pedia que fosse somente a garganta inflamada. Mas não era. A garganta estava bem, o esófago é que não. Com uma lesão de 14 cm...um tumor. Não entrámos imediatamente em pânico, pois a minha avó e a minha tia (sua filha) já tinham lutado com sucesso contra este malandro! Então pensámos "Que venha dai! Já somos prós a ganhar este jogo!" Mas não éramos. Após o diagnóstico em 2016, mais precisamente em Março, iniciaram-se as sessões de quimioterapia. 6 meses de tratamentos. Nada deu. Mas não fazia mal, o meu avô não era de desistir! "Bora tentar na radioterapia! Não vai com uma? Vai com outra!". Após 6 semanas de radioterapia intensiva, nada deu. Veio para casa. A sensação de fim de linha, De alternativas esgotadas, arrasou-nos, porque ele estava tão optimista! Passou 2/3 semanas e tornou a ir a uma consulta...e já não voltou para casa. Então não é que o malandro do cancro decidiu que "estar sozinho nem pensar" e foi arranjar uma infecção nos pulmões que depressa se arrastou para o fígado também. O "raio" do malandro, vejam só!
Dia 14 de Dezembro de 2016, a família foi chamada (...), o final não estaria longe. Eu, que sou tão ligada à familia e valorizo muito esses valores, só pedia que Deus não o levasse antes do Natal. Dia 18 de Dezembro fomos vê-lo. Já não reagia, respirava com auxilio. Na manhã de 19 recebemos "A chamada".
Perdemos uma pessoa extraordinária. O mundo perdeu. A nossa família perdeu. Mas o cancro ganhou. (...)
Este é o meu testemunho. Triste. Desmoralizante. Ainda hoje dói. Mas a ele deixou de doer. Descansa em paz agora. E nós sabemos que ele deu tudo para o vencer e nunca baixou os braços! Sempre nos disse "não vai com um? Vai com outro!". Ele queria experimentar todas as formas de o vencer. Porque ele queria vencer! Um exemplo de vida. Um exemplo de luta.
No Natal de 2015 algo não estava bem, não conseguia engolir, engasgava-se. O nosso coração pedia que fosse somente a garganta inflamada. Mas não era. A garganta estava bem, o esófago é que não. Com uma lesão de 14 cm...um tumor. Não entrámos imediatamente em pânico, pois a minha avó e a minha tia (sua filha) já tinham lutado com sucesso contra este malandro! Então pensámos "Que venha dai! Já somos prós a ganhar este jogo!" Mas não éramos. Após o diagnóstico em 2016, mais precisamente em Março, iniciaram-se as sessões de quimioterapia. 6 meses de tratamentos. Nada deu. Mas não fazia mal, o meu avô não era de desistir! "Bora tentar na radioterapia! Não vai com uma? Vai com outra!". Após 6 semanas de radioterapia intensiva, nada deu. Veio para casa. A sensação de fim de linha, De alternativas esgotadas, arrasou-nos, porque ele estava tão optimista! Passou 2/3 semanas e tornou a ir a uma consulta...e já não voltou para casa. Então não é que o malandro do cancro decidiu que "estar sozinho nem pensar" e foi arranjar uma infecção nos pulmões que depressa se arrastou para o fígado também. O "raio" do malandro, vejam só!
Dia 14 de Dezembro de 2016, a família foi chamada (...), o final não estaria longe. Eu, que sou tão ligada à familia e valorizo muito esses valores, só pedia que Deus não o levasse antes do Natal. Dia 18 de Dezembro fomos vê-lo. Já não reagia, respirava com auxilio. Na manhã de 19 recebemos "A chamada".
Perdemos uma pessoa extraordinária. O mundo perdeu. A nossa família perdeu. Mas o cancro ganhou. (...)
Este é o meu testemunho. Triste. Desmoralizante. Ainda hoje dói. Mas a ele deixou de doer. Descansa em paz agora. E nós sabemos que ele deu tudo para o vencer e nunca baixou os braços! Sempre nos disse "não vai com um? Vai com outro!". Ele queria experimentar todas as formas de o vencer. Porque ele queria vencer! Um exemplo de vida. Um exemplo de luta.
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